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EUA proíbem diplomatas iranianos de fazer compras de luxo em Nova Iorque

Lusa 24 de setembro de 2025 às 13:31

Os diplomatas iranianos devem obter autorização do gabinete de missões estrangeiras do Departamento de Estado caso pretendam adquirir bens de luxo, de acordo com o novo decreto.

Os Estados Unidos proibiram os diplomatas iranianos que se deslocaram a Nova Iorque para a Assembleia-Geral das Nações Unidas de comprarem artigos de luxo nas lojas da cidade, noticiou hoje a imprensa norte-americana.
EUA proíbem diplomatas iranianos de compras de luxo em Nova Iorque Planet Labs PBC via AP
A medida consta de um decreto publicado na terça-feira no Jornal Oficial dos Estados Unidos e foi considerada como "um ato invulgar de pressão sobre os diplomatas" pelo jornal Washington Post. Segundo o decreto, os diplomatas iranianos não poderão fazer compras em cadeias de lojas grossistas como Costco, Sam's Club ou BJ's Wholesale Club, embora acrescente que a lista de lojas proibidas não seja exaustiva. Os diplomatas iranianos devem obter autorização do gabinete de missões estrangeiras do Departamento de Estado (equivalente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros) caso pretendam adquirir bens de luxo, de acordo com o decreto, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP). "Não permitiremos que o regime iraniano consinta que as suas elites religiosas façam compras nos Estados Unidos, enquanto forçam o próprio povo no Irão a suportar a pobreza e graves carências de bens essenciais", afirmou o porta-voz adjunto do Departamento de Estado Tommy Pigott. O departamento federal especializado define bens de luxo como aqueles com valor superior a 1.000 dólares (851 euros, ao câmbio atual). Veículos com valor superior a 60.000 dólares (mais de 51.000 euros) também são considerados artigos de luxo. Como anfitrião da ONU, os Estados Unidos permitem que vários países com os quais não mantêm relações diplomáticas mantenham missões junto da ONU e viajem para Nova Iorque. No entanto, essas nações, bem como algumas outras, enfrentam restrições quanto às deslocações nos Estados Unidos. Os diplomatas do Bielorrússia, China, Cuba, Eritreia, Irão, Coreia do Norte, Rússia, Síria e Venezuela devem informar o Departamento de Estado caso viajem a mais de 40 quilómetros do centro de Nova Iorque. Terão de fazer o mesmo se a deslocação for superior a 40 quilómetros da Casa Branca (residência oficial e gabinete de trabalho presidencial), caso possuam representação em Washington. O debate geral da 80.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas começou na terça-feira e o Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, é o quarto a discursar hoje, depois do rei Filipe VI de Espanha, do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e do príncipe Alberto II do Mónaco.
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