Elon Musk diz não ser responsável pelos despedimentos em massa no governo americano
Musk foi escolhido para liderar o Departamento de Eficiência Governamental, uma agência criada para efetuar cortes em despesas federais, incluindo despedimentos.
Elon Musk admitiu a legisladores republicanos não ter culpa pelos despedimentos em massa de funcionários do estado, segundo noticia o The Guardian, enquanto responsável pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, sigla em inglês). Em sua defesa, Donald Trump tem vindo a dizer aos seus secretários de estado que eles têm o poder de contratar e despedir funcionários públicos, não o multimilionário.
Estas conversas surgem depois de Musk se ter gabado dos cortes, de ter recomendado que os Estados Unidos deveriam eliminar "agências inteiras" e de ter respondido a questões sobre os despedimentos junto do presidente dos EUA, e ter posado com uma motosserra dada pelo presidente argentino, Javier Milei, como símbolo dos cortes no governo central.
Apesar de o dono da empresa de veículos elétricos Tesla e da empresa espacial SpaceX agir como se tivesse a autoridade de efetuar estes cortes, o representante da Carolina do Norte, Richard Hudson, disse quinta-feira que "Elon não despede pessoas". "Ele não tem a capacidade de contratar ou despedir", disse Hudson depois de uma reunião com Musk em Washington D.C.
Quinta-feira, o Politico anunciou que o presidente dos EUA reuniu os principais membros da sua administração para lhes dizer que Musk tinha poder para fazer recomendações aos seus departamentos, mas não tinha autoridade para tomar decisões unilaterais sobre os funcionários ou políticas. Ou seja, o gabinete é responsável pelos seus departamentos e funcionários, não Elon Musk. Na reunião encorajou ainda os secretários dos departamentos a trabalharem com o DOGE, mas para "serem muito precisos" quanto aos trabalhadores que deveriam permanecer ou sair.
Mais tarde, Trump disse a jornalistas na Casa Branca que não queria "ver um grande corte onde muitas pessoas boas podem ser cortadas". Mas depois de sugerir que os líderes dos gabinetes e das agências assumam a liderança, o presidente norte-americano disse que Musk podia insistir mais. "Se puderem cortar, é melhor, e se eles não cortarem então Elon fará esse corte".
Em novembro, a administração Trump anunciou o Departamento de Eficiência Governamental e colocou Elon Musk e Vivek Ramaswamy à frente do mesmo, com o intuito de fazer cortes nos funcionários e nos custos operacionais do governo.
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