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José Kast, candidato da extrema-direita, vence presidenciais do Chile

Lusa 15 de dezembro de 2025 às 07:06

Na sua terceira tentativa para se tornar chefe de Estado do Chile, o ex-deputado Kast fez campanha com a promessa de combater o crime e deportar os quase 340 mil imigrantes indocumentados.

O candidato da extrema-direita à presidência do Chile, José Kast, venceu as eleições deste domingo, tendo a candidata de esquerda, Jeannette Jara, reconhecido a derrota, com uma diferença de 16,6 pontos percentuais entre ambos, segundo resultados oficiais preliminares.
José Antonio Kast vence presidenciais no Chile, com esquerda a reconhecer derrota AP
“A democracia falou alto e claro”, escreveu Jeanette Jara na rede social X, afirmando ter comunicado “com o Presidente eleito”, o ultraconservador Kast, “para lhe desejar êxito, para o bem do Chile”. Segundo os resultados oficiais preliminares divulgados, assentes na contagem de cerca de 76% dos boletins de voto, Kast, um advogado de 59 anos, tem uma clara vantagem, com 58,30% dos votos, contra 41,70% para Jara, uma comunista moderada que representa uma ampla coligação de esquerda. Kast era o favorito nas sondagens para a segunda volta das eleições presidenciais e tornar-se-á assim o próximo Presidente do Chile, sendo a primeira vez desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet, há 35 anos, que um candidato de extrema-direita se encontra em tal situação no país latino-americano. As mesas de voto começaram a encerrar às 18:00 locais (21:00 de Lisboa), abrindo caminho à contagem dos votos, no final de um dia marcado por longas filas para esta eleição obrigatória. Quase 16 milhões de eleitores foram chamados a escolher entre os dois candidatos. Na sua terceira tentativa para se tornar chefe de Estado do Chile, o ex-deputado Kast, católico praticante e pai de nove filhos, fez campanha com a promessa de combater o crime e deportar os quase 340 mil imigrantes indocumentados, a maioria dos quais venezuelanos. A sua opositora, Jeannette Jara, de 51 anos, ex-ministra do Trabalho do Governo do Presidente cessante, Gabriel Boric, prometeu aumentar o salário mínimo e proteger as pensões. Na primeira volta, em meados de novembro, os dois candidatos receberam um quarto dos votos cada, com uma ligeira vantagem para a esquerda. Mas, juntos, os candidatos de direita conquistaram 70%.
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