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Bielorrússia anuncia exercícios militares conjuntos com a Rússia

21 de setembro de 2020 às 09:31

Anúncio surge enquanto se vivem protestos na Bielorrússia contra Alexander Lukashenko, presidente desde 1994 e que diz ter ganho as eleições de 9 de agosto.

Cerca de mil soldados russos vão participar em exercícios militares conjuntos na Bielorrússia entre 22 e 25 de setembro, anunciou o Ministério da Defesa bielorrusso. 

A Rússia é uma aliada próxima da Bielorrússia, onde há seis semanas se vivem protestos em massa contra o presidente Alexander Lukashenko. Os opositores de Lukashenko, no poder desde 1994, defendem que as eleições de 9 de agosto foram falseadas. 

A líder da oposição bielorrussa no exílio e ex-candidata presidencial, Svetlana Tikhanovskaia, vai na segunda-feira a Bruxelas para pedir sanções da União Europeia (UE) contra os responsáveis pela violência e fraude eleitoral no seu país.

Tikhanovskaia, exilada na Lituânia, fez estas declarações numa entrevista à televisão pública da Letónia, onde fez uma escala a caminho de Bruxelas.

A líder de oposição, que se reúne na segunda-feira com os ministros do Exterior da União Europeia, insistiu que o seu objetivo é promover as sanções contra os funcionários e altos cargos do seu país responsáveis pela repressão e fraude eleitoral.

Espera, assim, que a UE não reconheça Alexandre Lukashenko como presidente quando o seu atual mandato expirar, em 5 de novembro.

As sanções contra Minsk é um dos temas prioritários da reunião com os responsáveis da UE.

Na passada sexta-feira, os 27 não conseguiram chegar a um acordo político sobre estas medidas, mas vão retomar o assunto na segunda-feira.

Tikhanovskaia explicou na entrevista que se apresentou a sua candidatura nas presidenciais de 9 de agosto foi em representação do seu marido, Serguei, detido por desobediência à autoridade.

Optou por exilar-se por temer pela sua vida, depois de Lukashenko se ter proclamado vencedor das eleições - com 80% dos votos, segundo a autoridade eleitoral bielorrussa, resultado que a oposição não reconhece, nem a UE.

"O meu lugar não é ser presidente, mas alguém que nos tire da crise", acrescentou.

Svetlana Tikhanovskaia reuniu-se em Riga com o ministro do Exterior da Letónia, Edgars Rinkevics. As três repúblicas bálticas, Letónia, Lituânia e Estónia apoiam o movimento opositor e, juntamente com a Polónia, são partidários de que as sanções da UE incluam Lukashenko.

A líder da oposição considera que os protestos que estão a acontecer na capital, Minsk, e outras cidades da Bielorrússia mudaram relativamente às primeiras concentrações. Se na altura eram contra a fraude eleitoral, agora converteram-se num movimento contra a repressão e violência extrema exercida pelo Governo.

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