
Lukashenko é "tóxico" e até Rússia já se sente "desconfortável", diz líder da oposição na Bielorrússia
Svetlana Tikhanovskaia disse ter vindo a Portugal para pedir apoios internacionais para combater o regime bielorrusso.
Svetlana Tikhanovskaia disse ter vindo a Portugal para pedir apoios internacionais para combater o regime bielorrusso.
A opositora bielorrussa Svetlana Tikhanovskaya deu um prazo até 25 de outubro a Alexander Lukashenko para renunciar ao seu mandato presidencial.
Anúncio surge enquanto se vivem protestos na Bielorrússia contra Alexander Lukashenko, presidente desde 1994 e que diz ter ganho as eleições de 9 de agosto.
Tikhanovskaia, exilada na Lituânia, vai na segunda-feira a Bruxelas para pedir sanções da União Europeia contra os responsáveis pela violência e fraude eleitoral no seu país.
Desde há uma semana que a Bielorrússia é palco de uma onda de protestos contra a reeleição de Alexander Lukashenko, que muitos, incluindo a UE, consideram fraudulenta.
A recusa dos resultados eleitorais no país está a traduzir-se numa onda de protestos contra o regime de Lukashenko, no poder desde 1994.
Protestos de domingo seguiram-se à divulgação dos resultados oficiais das presidenciais.
Presidente da Bielorrússia venceu as eleições presidenciais com 80,23% dos votos, no dia seguinte ao escrutínio marcado por violência e acusações de fraude.
Os militantes da oposição não aceitam o resultado oficial da votação de domingo, que ditou a vitória do atual presidente Alexander Lukashenko.
A grande rival de Lukashenko, a opositora Svetlana Tikhanovskaia, obteve 9,9% dos votos, de acordo com os primeiros resultados oficiais da Comissão Eleitoral bielorrussa.