Ao lado de quem ficam sentados os líderes mundiais no funeral do Papa Francisco?
Líderes mundiais ficarão sentados por ordem alfabética, no lado direito da Basílica de São Pedro.
No funeral do Papa Francisco, que decorre no próximo sábado, os líderes mundiais serão sentados por ordem alfabética dos nomes dos países em língua francesa, tal como aconteceu em 2005 com a morte de João Paulo II. A este critério soma-se ainda qual o grau de importância do chefe de delegação de casa país, como refere o jornal italianoLa Repubblica. Na cerimónia são esperados vários chefes de Estado, reis, príncipes, organizações internacionais e líderes espirituais, além de 170 delegações estrangeiras.
À chegada, os vários líderes mundiais serão recebidos nos aeroportos de Roma e escoltados até à Basílica de São Pedro. Onde passam a estar à responsabilidade da Santa Sé que se encarregará de definir os seus lugares, num complicado quebra-cabeças internacional entre amigos e inimigos.
Do lado direito da Basílica ficarão, então, os representantes de Itália e da Argentina - respetivamente país onde se situa o Vaticano e o país natal de Francisco -, que deverão ocupar os primeiros lugares. Seguem-se depois os membros das casas reais católicas, depois as não católicas e, por fim, os representantes dos governos de outras nações - que ficarão sentados por ordem decrescente de importância. Primeiro sentam-se, então, os países representados por um chefe de Estado, depois por um chefe de governo, um ministro e um embaixador - tudo isto de acordo com o alfabeto francês.
Isto significa, por exemplo, que os Estados Unidos serão representados pela letra "E". Aqui sentar-se-á o presidente, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania Trump.
Ao lado, poderão ficar países africanos como Essuatíni e a Etiópia. Muito próximo deverá ficar o presidente francês, Emmanuel Maron, e, por contraste, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky - com quem teve um desentendimento público -, deverá ficar longe.
Portugal estará representado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, bem como pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, o presidente do Parlamento, José Pedro Aguiar-Branco, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel. Já o Reino Unido contará com a presença do herdeiro do trono, o príncipe William, e o primeiro-ministro, Keir Starmer. Pela Alemanha estará o presidente Frank-Walter Steinmeier e o chanceler cessante Olaf Sholz.
Entre a lista de monarcas encontram-se o rei Felipe de Espanha e a rainha Letizia, acompanhados por três ministros, entre os quais não está incluído o primeiro-ministro Pedro Sanchez. Também a realeza belga marcará presença com Filipe e Matilde a serem acompanhados pelo primeiro-ministro Bart De Wever. Segue-se o rei Carlos Gustaf da Suécia e a rainha Sílvia e o primeiro-ministro Ulf Kristersson. O príncipe herdeiro Haakon da Noruega com a princesa Mette-Marit e o príncipe Alberto do Mónaco com a mulher Charlène também marcarão presença.
Na praça de São Pedro estará ainda o secretário-geral da ONU, António Guterres. Por África está confirmado o presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, enquando do Egito é esperada a delegação de Al-Azhar e a mais importante instituição islâmica sunita do mundo.
Já na lista de ausências estará o presidente russo, Vladimir Putin, que decidiu enviar a Roma a ministra da Cultura, Olga Lyubimova. O mesmo acontecerá com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que é procurado pelo Tribunal Penal Internacional e que estaria em confronto aberto com o Papa Francisco devido às suas oposições sobre a guerra em Gaza. Em nome do país vai, então, o embaixador de Israel na Santa Sé, Yaron Sideman.
A China ainda não anunciou se a sua delegação estará presente no funeral. Sabe-se por enquanto que os reis dos Países Baixos, Wilhelm Alexander e Maxima, optaram por não participar nas cerimónias fúnebres devido à coincidência da data com o Dia do Rei, que celebra o aniversário do soberano.
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