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Rui Zink: “A ideia de uma pessoa dizer o que pensa é tão pouco 2021”

Vanda Marques
Vanda Marques 24 de junho de 2021 às 08:03

O Chega é uma patacoada e Portugal está melhor do que pensa. O escritor, que não gostava do País, diz que a idade o fez valorizar mais o que temos. Mesmo assim critica a ideia de que um prémio literário é tudo o que importa.

Podíamos chamar-lhe visionário, já que os seus últimos livros têm o condão de prever o futuro. Em 2012 já explorava os perigos dos vírus e das pandemias com o romance agora reeditado A Instalação do Medo. E em 2019, editava o Manual do Bom Fascista – antes de o Chega ter um resultado histórico nas eleições –, mas Rui Zink diz que não faz futurologia, apenas está atento ao mundo à sua volta. No ano em que faz 60 anos de vida, 35 de carreira, e quase 40 a lecionar, o escritor vê Portugal com melhores olhos. Mesmo assim ressente-se da lógica da empresa instalada na sociedade e que dá tudo aos vencedores e nada aos perdedores – palavras sábias dos ABBA.

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