Sábado – Pense por si

Martim Sousa Tavares: “Dizer que queria ser maestro era como querer ser astronauta”

Vanda Marques
Vanda Marques 08 de maio de 2024 às 23:00

Com 32 anos, dirige duas orquestras, é diretor artístico do Festival de Sintra, comunicador, tem novo livro. Com histórias pessoais, conduz-nos num percurso pela música, arte, sem esquecer a poesia da avó: Sophia de Mello Breyner Andresen.

No fim dos concertos parece que correu uma maratona. "Não é do suor, mas do ar de quem acabou de fazer alguma coisa muito exigente", conta Martim Sousa Tavares. Começou pelo piano, pensou seguir ciências da comunicação mas desistiu. A sua vida passa pela música. Com uma agenda concorrida, nos tempos livres lê clássicos e é capaz de estar uma hora a passear o cão. Diz que há momentos em que ser maestro é sentir uma euforia que parece ter "os pés a sair do chão". E conta que se emociona muitas vezes: "Em maio tenho concertos para a 9ª Sinfonia de Beethoven, que é o mesmo que escalar na montanha, a partitura são quase 400 páginas, quando eu chegar à página 380, em que estado é que eu vou estar? Nem sei." Acabou de lançar um livro para nos levar numa viagem pela beleza através das suas experiências pessoais.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.