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Sindicato de Jornalistas contra compra da Media Capital

22 de novembro de 2017 às 18:21
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Sindicato manifesta preocupação com a "pluralidade e a democracia", que consideram estar "em risco", bem como os postos de trabalho.

O Sindicato de Jornalistas (SJ), em conjunto com outros sindicatos, está contra a compra da Media Capital pela Altice e anunciou esta quarta-feira que vai pedir uma "reunião com carácter de urgência" com a Autoridade da Concorrência (AdC).

A Altice anunciou em 14 de Julho, dois anos depois de ter comprado a PT Portugal (MEO), que tinha chegado a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, entre outros meios, numa operação avaliada em 440 milhões de euros.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) não conseguiu chegar a consenso sobre o negócio, tendo este sido remetido para a alçada da AdC.

Em comunicado divulgado, o SJ, em conjunto com o SINTTAV - Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais e o STT - Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual, manifestou a sua oposição ao negócio. "Tencionamos dizê-lo, cara a cara, à Autoridade da Concorrência, à qual vamos exigir hoje mesmo uma reunião com carácter de urgência sobre este negócio ruinoso", afirmam os três subscritores do comunicado.

A proposta de compra da dona da TVI "é o negócio mais mal-amado dos últimos anos no nosso país" e "é um negócio que não reúne o consenso nem dos empresários do sector, nem dos reguladores e muito menos dos trabalhadores. É um negócio que antes de ser já não é", afirmam.

Criticando que "o poder político tem calado o incómodo", os três sindicatos apontam que as práticas da Altice, que em Junho de 2015 comprou a PT Portugal (MEO), se traduzem num "esvaziamento consecutivo das empresas" e "descapitalização financeira e de recursos humanos", o que corresponde ao "retrato de uma empresa vampira".

Manifestando preocupação com a "pluralidade e a democracia", que consideram estar "em risco", bem como os postos de trabalho, os sindicatos prometem não ficar de braços cruzados.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.