Apesar de a escassez de alimentação para os animais poder ter alguma influência a longo prazo, o preço do leite deverá manter-se em 2019.
O secretário-geral da Fenalac, Fernando Cardoso, disse à Lusa que o preço do leite deverá manter-se em 2019, apesar de a escassez de alimentação para os animais poder ter alguma influência a longo prazo.
"Diria que há uma tendência para se manter aos níveis do que acontece neste momento [...], mas depende muito mais da posição da distribuição. Não há grandes indicadores que nos permitam dizer que os preços vão aumentar ou baixar", disse Fernando Cardoso, em declarações à Lusa.
No entanto, a escassez de alimentação para os animais provocada por fenómenos meteorológicos, como a tempestade Leslie, "podem ser um factor de alguma redução da produção" e podem ter efeitos, a longo prazo, nos preços.
"O que vemos neste final do ano é alguma recuperação, há um ajustamento entre a procura e a oferta e começamos a ver alguns resultados positivos. Novembro e Dezembro já são meses em que o preço da matéria-prima pago ao produtor já teve uma recuperação à volta de 1,5 cêntimos. Nos primeiros meses de 2019 tudo indica que se poderá manter", acrescentou o responsável da Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (Fenalac).
Para o presidente da federação de produtores de leite, o 'Brexit' poderá ter também um "impacto brutal no setor", caso não aconteça de uma forma suave.
De acordo com Fernando Cardoso, 2018 já foi "um ano bastante agitado" para o setor, registando-se grandes dificuldades em exportar para Espanha devido à nova legislação da etiquetagem do leite.
A legislação em causa constitui uma "possibilidade legal" para que possa ser obrigatório que o leite produzido em determinado Estado-membro tenha certificação de origem.
"Os operadores de distribuição espanhóis optaram, por via de pressão política, por abastecer em Espanha. Cerca de 100 milhões de litros de leite, que eram exportados anualmente para Espanha, deixaram, em grande parte, de acontecer e tivemos um grande desequilíbrio entre a oferta e a procura de leite", lamentou.
Porém, a certificação pode constituir também um elemento positivo, porque, por exemplo, "o consumidor, normalmente, escolhe o leite de origem portuguesa".
Segundo Fernando Cardoso, em 2018 registou-se ainda uma necessidade de reduzir a produção no Continente e houve "uma região -- os Açores -- que continuou a crescer em grande número e, por isso, continua a haver um movimento de leite dos Açores para o Continente que ainda prejudica mais este desequilíbrio de mercado", sublinhou.
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