O sindicato dos pilotos insiste no fim dos cortes salariais dos pilotos e critica os "gastos de milhões" feitos pela TAP
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) reforçou as críticas à administração da TAP, que responsabiliza pelo "caos que têm sido estes dias", insistindo na reposição salarial destes trabalhadores e acusando a companhia de gastos de milhões.
"Quando todas as companhias aéreas da Europa e EUA já retiraram a totalidade dos cortes salariais aos seus pilotos e neste momento negoceiam aumentos, porque reconheceram que é mais barato do que pagar indemnizações a passageiros e contratar empresas estrangeiras, a administração da TAP mantém-se firme no caminho oposto, desvalorizando o trabalho dos seus pilotos", afirma num comunicado interno a que o Negócios teve acesso.
"Um brilhante plano de reestruturação (que ninguém conhece) assente no despedimento cego de trabalhadores e em cortes salariais nunca antes vistos para os poucos que ficaram, levou a uma situação inimaginável para quem desenhou o plano: o caos completo", afirma o SPAC na mesma nota, onde questiona como é que a administração da companhia aérea "depois de dispensar aviões Airbus e pilotos TAP continua a acreditar ser possível transportar o mesmo número de passageiros".
"Fácil. Menos trabalhadores, com vencimentos cortados têm de realizar trabalho suplementar (também com cortes) suprimindo a falta gigante dos trabalhadores despedidos", responde o sindicato, lamentando que a gestão da TAP não entenda "como é que os seus pilotos, depois de verem os seus salários reduzidos pela metade não querem fazer trabalho extraordinário enquanto se mantiverem os cortes salariais".
Os pilotos dizem ainda que a administração "refugia-se no argumento de que o plano não permite" as reposições salariais, mas aponta que "o mesmo plano permite gastar milhões de euros dos contribuintes portugueses, na contratação de empresas como a Bulgaria Air, Eastern airways, Hifly ou Euroatlantic, para realizar os voos da TAP".
"O plano também permite o prejuízo de mais de 20 milhões de euros acumulados por dois Airbus A330 que foram "convertidos" em cargueiros mas que nunca chegaram a voar como tal" e "milhões de euros em justas indemnizações a passageiros, que sem culpa nenhuma se viram dramaticamente afetados por estes atos de gestão que continuam impunes", acrescenta no comunicado interno.
O sindicato diz ainda que tudo isto acontece "com o conhecimento do Ministério das Infraestruturas", de quem diz que esperava que "fosse o último reduto de intervenção para alterar a forma de operação da gestão da TAP".
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