Miranda Sarmento garante que o país tem "feito um caminho de convergência, quer no crescimento económico, quer no crescimento dos salários" para tentar contrariar o problema.
O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, justificou esta quarta-feira o baixo salário médio em Portugal comparativamente à União Europeia, de 24.818 euros em 2024, com o facto de a economia portuguesa ser "menos avançada" que as restantes comunitárias.
Miranda Sarmento explica que a economia portuguesa é "menos avançada" do que as restantes comunitárias Lusa
"Isso é um fator estrutural da economia portuguesa. A economia portuguesa, infelizmente, sempre foi uma economia menos avançada do que parte substancial das economias da União Europeia [UE] e da zona euro, sobretudo das economias do centro e do norte da Europa", disse Joaquim Miranda Sarmento.
"Nós continuamos a ser, no conjunto dos 27, e sobretudo no conjunto dos 20 da zona euro, infelizmente, ainda uma das economias menos avançadas, mas isso é histórico e estrutural de há muitas décadas", reforçou Joaquim Miranda Sarmento, falando à chegada à reunião do Eurogrupo, em Bruxelas.
De acordo com o ministro, existe porém um "crescimento de salários nominal e real [que] está a acontecer em todas as áreas de atividade e para praticamente todos os perfis profissionais".
Portugal tem, assim, "feito um caminho de convergência, quer no crescimento económico, quer no crescimento dos salários" para o tentar contrariar, observou.
"Os salários estão em média a crescer em termos reais acima de 4% e, portanto, isso significa que as famílias, de um modo geral, [...] estão a sentir uma melhoria dos seus rendimentos, dos seus salários, do seu poder de compra, do seu nível de vida, e isso é um caminho de convergência que o país tem que fazer", adiantou Joaquim Miranda Sarmento.
O salário médio anual do trabalhador a tempo inteiro em Portugal foi de 24.818 euros em 2024, abaixo dos 39.800 euros medianos na UE, sendo o décimo país com o valor mais baixo, foi hoje anunciado.
Dados hoje publicados pelo gabinete estatístico da UE, o Eurostat, dão conta de que, no ano passado, o salário médio anual ajustado a tempo inteiro dos trabalhadores na UE era de 39.800 euros, o que representa um aumento de 5,2% em relação aos 37.800 euros registados em 2023.
Em Portugal, este valor foi de 24.818 euros em 2024, o que compara com 23.184 em 2023 e com 21.131 euros em 2022.
Portugal é, assim, o 10.º país com salário anual médio mais baixo, superado por países como Bulgária (15.387), Grécia (17.954), Hungria (18.461), Eslováquia (20.287), Roménia (21.108), Polónia (21.246), Letónia (22.262), Croácia (23.446) e República Checa (23.998).
No conjunto dos países da UE, o salário médio anual ajustado a tempo inteiro mais elevado foi registado no Luxemburgo (83.000 euros), seguido pela Dinamarca (71.600 euros) e pela Irlanda (61.100 euros).
Ministro das Finanças explica por que salário médio em Portugal é baixo
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Ainda acham que a receita com que deixaram dois partidos moribundos é que deve guiar quem venha apanhar os cacos. A humildade em política anda muito subvalorizada.
André Ventura, à nossa escala, é um sucesso de bilheteira – e as televisões sabem disso. Razão pela qual o abominam (em directo) e o adoram (em privado) porque the show must go on.
A propósito da notícia recente, terrível, assustadora: “Web Summit alerta para falta de 'slots' para jatos privados em Lisboa e desvia alguns aviões para Espanha.” Este alerta da web summit, (ligaram as sirenes?) no meio de tanta dificuldade económica de tanta gente, é assombroso.