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INE: Economia, mais área ardida e mais lixo pressionam ambiente

21 de dezembro de 2016 às 13:10
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Instituto Nacional de Estatística considera que a melhoria da actividade económica, o aumento da área florestal ardida e do lixo produzido pelos portugueses e a menor contribuição das energias renováveis criaram em 2015 novas pressões sobre o ambiente

O Instituto Nacional de Estatística considera que a melhoria da actividade económica, o aumento da área florestal ardida e do lixo produzido pelos portugueses e a menor contribuição das energias renováveis criaram em 2015 novas pressões sobre o ambiente.

As Estatísticas do Ambiente, divulgadas pelo INE esta quarta-feira, revelam que o "contexto socio-económico e as condições meteorológicas criaram novas pressões ambientais em 2015".

Na actividade económica, é apontado o aumento de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB), em volume, o que associado às condições climatológicas, já que o ano foi "extremamente quente e seco", criou "novas pressões sobre o ambiente".

A expansão da actividade económica, refere o INE, traduziu-se em mais 43 mil novos empregos, no aumento de 2,6% em volume do consumo privado, na subida de 1,8% da produção industrial, na interrupção do declínio do Valor Acrescentando Bruto (VAB) da construção, depois de sete anos consecutivos de decréscimos e no acréscimo de 0,9% do consumo de materiais.

As condições meteorológicas levaram a uma diminuição da contribuição das fontes renováveis para o consumo de energia primária de 25,9% para 22,2%, enquanto a electricidade produzida a partir de fontes renováveis caiu de 61,4% para 48,7%, em 2015.

O INE destaca ainda os quase 65 mil hectares de área florestal ardida, mais do triplo de 2014, o aumento das despesas em ambiente em 3,5% e o crescimento de 2,1% da produção de lixo urbano.

A publicação do INE sobre ambiente está dividida em oito capítulos sobre temas como água, ar e clima, biodiversidade e paisagem, energia e transportes ou resíduos.

É recordado que, no ano passado, 98,6% da água para consumo humano era potável e que 97% das águas costeiras ou de transição e cerca de 83% das águas balneares interiores apresentavam uma qualidade excelente ou boa, não tendo sido assinalados casos de má qualidade.

Em 2016, foram classificadas e reconhecidas 569 águas balneares, um novo máximo e que representa uma subida de 11 relativamente a 2015.