Comissão Europeia reviu em baixa as projecções de crescimento económico de Portugal, antecipando que o PIB português cresça 0,9% este ano e 1,2% em 2017
O Ministério das Finanças considerou esta quinta-feira que as conjecturas da Comissão Europeia confirmam que Portugal deverá deixar de ter défices excessivos em 2016 e manifestou estranheza relativamente a algumas das previsões.
"As previsões da Comissão Europeia (CE) apresentadas hoje [quinta-feira] apontam para o crescimento da economia portuguesa em 2016, 2017 e 2018. Estas previsões confirmam ainda que Portugal deverá sair do Procedimento por Défices Excessivos em 2016", referiu o Ministério num comunicado.
O Ministério das Finanças acrescentou, porém, que "acolhe no entanto com estranheza parte das referidas previsões". "Fica por esclarecer a metodologia usada pela Comissão para que a previsão para o défice de 2016 se situe em 2,7% do PIB. Esta previsão é idêntica há seis meses, embora os dados sobre a execução orçamental, que são públicos e escrutináveis, apontem para que se atinja um défice na ordem dos 2,4% do PIB em 2016 - o mais baixo dos últimos 40 anos", salientou a nota de imprensa.
O Ministério defendeu ainda que a Comissão Europeia "reconhece a notável melhoria do mercado de trabalho em Portugal, com uma redução abrupta do desemprego".
E lembrou que dados recentes do INE "confirmam isso mesmo, com a redução da taxa de desemprego para 10,5% no terceiro trimestre". "A Comissão também dá conta do excelente comportamento do turismo em 2016. Contudo, afirma que as exportações têm crescido de forma tímida, o que não corresponde aos últimos dados disponíveis. Num ambiente externo adverso, as empresas portuguesas têm comprovado a sua competitividade e conseguido aumentar a sua quota de mercado em destinos maduros: em Setembro de 2016, em termos homólogos, as exportações intra União Europeia aumentaram 7,9%", diz no comunicado.
A Comissão Europeia reviu em baixa as projecções de crescimento económico de Portugal, antecipando que o PIB português cresça 0,9% este ano e 1,2% em 2017.
Estes números indicam também que a Comissão Europeia está mais pessimista do que o Governo português quanto à evolução da actividade económica, uma vez que o executivo liderado por António Costa espera um crescimento de 1,2% este ano e de 1,5% no próximo.
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