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"Falha no material" atingiu 40 mil passageiros

31 de julho de 2017 às 17:29
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Interrupção no abastecimento aos aviões no aeroporto de Lisboa a 10 de Maio levou ao cancelamento de 97 voos

O presidente executivo da Galpm Carlos Gomes da Silva, assumiu que "tudo leva a crer" que a falha no abastecimento de combustível em 10 de maio no aeroporto de Lisboa, que cancelou uma centena de voos, tenha resultado de uma "falha do equipamento".

"Há uma equipa que está ainda a avaliar o que aconteceu no tema do aeroporto. Não queria ainda tirar conclusões definitivas, mas tudo nos leva a crer que houve uma falha de material, do equipamento", afirmou Carlos Gomes da Silva, quando questionado sobre o problema no sistema de abastecimento de combustível ocorrida em 10 de maio no aeroporto de Lisboa.

O sistema de abastecimento de combustível ao aeroporto de Lisboa é da responsabilidade do Grupo Operacional de Combustíveis (GOC), liderado pela Petrogal, do grupo Galp, e que reúne a Repsol, BP e OZ.

De acordo com o presidente executivo da Galp, "nas próximas duas ou três semanas" estará concluída a investigação às causas da ocorrência, referindo que as empresas que integram o GOC estão a trabalhar em parceria com a ANA, empresa gestora dos aeroportos e responsável pela infraestrutura que permite o abastecimento dos aviões.

"Quisemos perceber na plenitude. Importa tirar as lições, porque é um evento único e nunca acontecido, para não voltar a acontecer", realçou Carlos Gemes da Silva, em conferência de imprensa, no dia em que a petrolífera divulgou os resultados relativos ao primeiro semestre.

Segundo o responsável, foi feita uma "análise profunda a toda a sequência de eventos" do processo de abastecimento de aviões, realçando que "uma instalação aeroportuária é sempre tida com especial cuidado".

A interrupção no abastecimento aos aviões no aeroporto de Lisboa em 10 de Maio afectou 41.681 pessoas, levou ao cancelamento de 97 voos, outros 202 descolaram com atraso e 12 tiveram de divergir para outros locais.

O Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa está a investigar a falha no abastecimento de combustível, um inquérito que foi aberto na sequência de uma participação apresentação pela ANA -- Aeroportos de Portugal, cujo presidente executivo anunciou disse ter como objectivo vir a ser reclamada uma indemnização por parte da concessionária.

"Apresentámos um pedido de investigação ao Ministério Público e contratámos uma empresa especialista em combustível para apurar a causa" do incidente, disse, entretanto, aos deputados o presidente executivo da ANA, Carlos Lacerda, numa audição no parlamento.

A empresa contratada pela ANA é a Bureau Veritas, que se apresenta na sua página na Internet como "líder mundial em Testes, Inspecções e Certificação".