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DBRS colocou Caixa Geral de Depósitos sob vigilância negativa

A agência canadiana ameaça cortar o rating para o nível de lixo

A DBRS ameaçou esta terça-feira cortar o rating da Caixa Geral de Depósitos, bem como das suas subsidiárias, sob Revisão com "implicações negativas". 

As razões prendem-se com o plano de recapitalização, com as dificuldades em alcançar melhor rentabilidade e qualidade de activos e ainda com as mudanças na administração. "A revisão dos 'ratings' reflete os crescentes riscos que o grupo está a enfrentar em relação às questões de 'corportate governance' [governação], à recapitalização planeada, e às dificuldades em melhorar a sua rentabilidade e a qualidade dos ativos", lê-se no comunicado emitido pela DBRS que irá "considerar como a recente demissão da maioria do Conselho de Administração vai afetar a reestruturação planeada do grupo".

A DBRS assinala também que, "apesar do grupo estar num processo de recapitalização significativa que vai reforçar o seu balanço, o período de revisão vai considerar os atrasos que estão a acontecer neste processo e o risco de execução do plano".

A agência de 'rating' salienta ainda que o grupo financeiro vai permanecer com uma fraca capitalização por um período superior ao inicialmente planeado.

Editorial

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O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.