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Caixa Económica Açoreana: este banco foi um caso de polícia

André Rito
André Rito 29 de outubro de 2015 às 08:00

Após duas décadas em liquidação, burlas, prescrições e milhões de prejuízo, o encerramento está quase concluído

A cerimónia estava marcada para o fim da tarde de sexta-feira. Dias antes, jornalistas, empresários, representantes do Governo e da alta finança tinham recebido convites para uma inauguração de luxo: um copo -d’água que prometia discursos políticos, uma exposição de moedas e notas antigas – e que servia de "pretexto para importantes declarações no quadro da actualidade económica e financeira". Foi assim, em 1986, que a Caixa Económica Açoreana (CEA) abriu as portas da sua filial em Lisboa, no local onde hoje está instalada uma agência da Caixa Geral de Depósitos. O seu destino seria, no entanto, feito de um emaranhado de burlas, processos judiciais, atropelos à justiça e prazos prescritos que culminaram, precisamente, onde tudo começou: no número 28 do Campo Grande, em Lisboa.

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