Sábado – Pense por si

António "Pinta", o banqueiro que não resistiu à política

Cresceu numa aldeia sem luz eléctrica, a mãe e o avô ensinaram-lhe disciplina, flirtou com a extrema-esquerda e fez fortuna na banca. Impôs como condição não mostrar as declarações de rendimentos dos gestores da Caixa, aceitou o cargo, foi obrigado a fazê-lo e ... demitiu-se

Se o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) concordar com a publicitação da sua declaração de rendimentos e património, uma hipótese que neste momento não admite, o que vamos ver? O próprio responderá que tem pouco a esconder e que os relatórios e contas do banco onde trabalhou 27 anos, o BPI, são públicos - neles se percebe que, entre remuneração fixa e variável, incluindo opções de compra de acções do banco, em vários desses anos António Domingues terá ganho mais de 1 milhão de euros brutos. Um ex-colega de trabalho no BPI revelou à SÁBADO que Domingues terá multiplicado esses valores com uma "gestão activa" das suas poupanças e que terá prosperado com investimentos feitos na ressaca da crise mundial de 2008. A isso, o próprio Domingues acrescentaria a lição que o avô materno António lhe deu desde criança na aldeia de Sabadim, concelho de Arcos de Valdevez: "Só se compra um fato quando se tem dinheiro para três."

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