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Sonae "não se deixará intimidar" por queixa-crime da Altice

24 de outubro de 2017 às 16:14

A posição surge depois de a Altice ter anunciado hoje que a Meo "decidiu avançar com uma queixa-crime" contra o presidente da Sonae, Paulo Azevedo.

A Sonae "não abdica das suas convicções e dos seus argumentos" e não se deixará "intimidar, mesmo quando é usado o ataque pessoal com a intenção" de condicionar o grupo, disse hoje fonte oficial da Sonae.

Esta posição surge depois de a Altice ter anunciado hoje que a Meo "decidiu avançar com uma queixa-crime" contra o presidente da Sonae, Paulo Azevedo, na sequência de declarações que o gestor fez à Lusa na passada sexta-feira.

"A Sonae não abdica das suas convicções e dos seus argumentos e continuará a indignar-se, quando, por acção ou inacção, se criam as condições para que possam acontecer graves danos do nosso interesse público", afirmou fonte oficial.

"Não nos deixaremos intimidar mesmo quando é usado o ataque pessoal com a intenção de nos condicionar, num reflexo do que é já o modo como a liberdade de opinião e de expressão de um receio cívico poderão vir a ser postas em causa", concluiu a mesma fonte.

O presidente da Sonae criticou, em declarações à Lusa, na passada sexta-feira, a "não decisão" da ERC sobre a compra da Media Capital pela Altice, afirmando que o negócio "criará condições" para haver indignação com a "descoberta de uma operação 'Marquês' 10 vezes maior".

Hoje, em comunicado, a Altice, que é dona da Meo/PT adianta que, "na sequência das afirmações do engenheiro Paulo Azevedo" à agência Lusa, a Meo "decidiu avançar com uma queixa-crime contra" o gestor.

"O grupo Altice não aceitará que terceiros façam declarações ou insinuações difamatórias relativamente a si ou à sua relação com reguladores, independentemente da posição ou poder desses terceiros. Responsabilizaremos, como é nosso dever, quem fizer afirmações relativamente à Altice que possam, ilegitimamente, afetar os nossos negócios e a nossa reputação", sublinha o grupo liderado por Patrick Drahi.

"Sem prejuízo de a substância das declarações vir a ser objecto dos procedimentos legais adequados, é claro que as declarações do engenheiro Paulo Azevedo são o culminar de uma campanha pública orquestrada contra a Meo, incluindo pressões indevidas sobre os reguladores", acusou a empresa que pretende comprar a Media Capital, dona da TVI.

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