Secções
Entrar

Regulador americano da aviação mantém em terra aviões Boeing 737 MAX 9

Lusa 13 de janeiro de 2024 às 10:47

A 5 de janeiro, uma porta da cabine de um Boeing 737 MAX 9 soltou-se durante um voo da Alaska Airlines, tendo o incidente causado apenas alguns feridos leves e o avião conseguido aterrar em segurança no aeroporto de origem.

A Agência Reguladora da Aviação Civil Americana (FAA) anunciou que todos os 737 MAX 9 terão de ficar em terra até que a Boeing esclareça a queda em pleno voo de uma porta de uma aeronave da Alaska Airlines.

NTSB/Handout via REUTERS

"Para segurança dos passageiros americanos, a FAA [sigla inglesa para Federal Aviation Administration] vai manter os Boeing 737-9 MAX em terra até que as inspeções exaustivas e as operações de manutenção sejam concluídas e os dados recolhidos sejam analisados", avançou o regulador num comunicado divulgado na sexta-feira.

Em 5 de janeiro passado, uma porta da cabine de um Boeing 737 MAX 9 soltou-se durante um voo da Alaska Airlines entre Portland (Oregon) e Ontário (Califórnia), tendo o incidente causado apenas alguns feridos leves e o avião conseguido aterrar em segurança no aeroporto de origem.

A FAA desencadeou uma investigação sobre o incidente, que foi o primeiro grande problema de segurança durante um voo num avião Boeing desde os acidentes mortais do 737 MAX em 2018 e 2019, que levaram a uma longa imobilização daquele modelo.

"Estamos a trabalhar para garantir que nada deste género aconteça novamente", disse o administrador da FAA, Mike Whitaker. "A nossa única preocupação é a segurança dos passageiros americanos e o Boeing 737-9 MAX não voltará a voar até que estejamos completamente convencidos de que é seguro", enfatizou.

A FAA disse que precisava de informações adicionais da Boeing antes de aprovar as instruções de inspeção e de manutenção propostas pelo fabricante.

O regulador afirmou que "não aprovará o processo de inspeção e manutenção até que tenha analisado os dados da primeira ronda de 40 inspeções", mas considerou "encorajador" a natureza "exaustiva das instruções executadas pela Boeing em termos de inspeções e de manutenção".

Na sexta-feira, a FAA anunciou que pretende aumentar a supervisão sobre a produção e fabrico da Boeing, nomeadamente auditando a linha de produção e os fornecedores do 737 MAX.

O regulador disse que também estava a avaliar o recurso a uma entidade terceira, independente, para supervisionar as inspeções da Boeing.

"É tempo de reexaminar a delegação de poder e de avaliar os riscos de segurança associados. A imobilização do 737-9 e os vários problemas relacionados com a produção identificados nos últimos anos exigem que examinemos todas as opções para reduzir o risco", disse Whitaker.

Centenas de voos tiveram de ser cancelados devido à decisão da FAA de imobilizar os 737-9.

A Alaska Airlines, que opera uma frota de 65 aeronaves deste modelo, anunciou que teve de cancelar 110 a 150 voos por dia até terça-feira.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela