Secções
Entrar

PSD quer alargar auditoria já pedida ao Tribunal de Contas para incluir Novo Banco

09 de outubro de 2020 às 20:36

Partido apresentou um requerimento, pretendendo que seja dada prioridade à análise desta instituição bancária.

O PSD apresentou hoje um requerimento para alargar ao Novo Banco o pedido de auditoria que o parlamento já tinha feito ao Tribunal de Contas sobre outros bancos, pretendendo que seja dada prioridade à análise desta instituição bancária.

Esta tarde, nos Açores, o líder do PSD, Rui Rio, já tinha anunciado que o partido iria entregar hoje na Assembleia da República um pedido para que o Tribunal de Contas faça uma auditoria ao Novo Banco.

A formalização deste pedido foi, entretanto, feita através de um requerimento do PSD para alargar o objeto da auditoria pedida pela Assembleia da República ao Tribunal de Contas, em 17 de junho deste ano, para "a realização de uma auditoria à gestão do passivo e à alienação dos ativos, no que concerne à salvaguarda do interesse público, por parte dos veículos sucedâneos do BANIF e do BES".

Contactado pela agência Lusa, o deputado social-democrata Hugo Carneiro explicou que "ao abrigo da Lei de Enquadramento Orçamental e considerando um conjunto de auditorias já pedidas pelo parlamento ao Tribunal de Contas sobre outros bancos a meio do ano", o PSD propõe agora que "este pedido de auditoria seja alargado também ao Novo Banco, mas com caráter de urgência".

O objetivo do PSD, acrescentou o deputado, é que esta auditoria ao Novo Banco "seja feita antes das outras" e, para simplificar o trabalho do tribunal, o partido "apresenta já as perguntas concretas que pretende ver esclarecidas".

"Propõe-se o alargamento do âmbito da auditoria já requerida pelo Parlamento ao Tribunal de Contas de modo a incluir na mesma as operações e atos de gestão que levaram à necessidade de transferência de verbas do Fundo de Resolução para o Novo Banco, com precedência sobre outras auditorias solicitadas", pode ler-se no requerimento.

Com esta iniciativa, os sociais-democratas querem "evitar que o parlamento tenha de esperar até janeiro do próximo ano para solicitar uma nova auditoria a uma instituição que use fundos públicos", recordando a Lei de Enquadramento Orçamental.

Assim, o objeto do pedido do parlamento ao Tribunal de Contas passaria a ser a "auditoria à gestão do passivo e à alienação dos ativos, no que concerne à salvaguarda do interesse público, por parte dos veículos sucedâneos do BANIF, BES e Novo Banco".

Este requerimento deverá agora votado na Comissão de Orçamento e Finanças.

"Depois de uma reflexão que fomos fazendo, hoje mesmo vamos entregar no parlamento um documento para ser votado no sentido de pedirmos ao Tribunal de Contas para fazer essa auditoria o mais depressa possível", declarou Rio esta tarde.

Para o líder do PSD, na "próxima fatura que o Novo Banco apresentar aos contribuintes portugueses" é preciso "ter a certeza que até à data" não se andou a "dar dinheiro a mais" à instituição.

Rui Rio afirmou que os portugueses "neste momento não têm noção nenhuma" sobre as contas do banco e salientou que o PS, em princípio, "estará de acordo" com a proposta de auditoria às vendas do Novo Banco.

"Vamos entregar isso no parlamento, parece segundo ouvi nas notícias que outros partidos, nomeadamente o PS estará também de acordo, tanto melhor, porque eu acho que é absolutamente vital para os portugueses saberem isso", apontou.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela