Governo vai aprovar para a semana diploma para privatização da TAP
O primeiro-ministro diz que medida promove a defesa dos interesses do portugueses e lembrou os números registados pela companhia aérea no último ano.
No regresso ao Parlamento para debater a moção de censura apresentada pelo Chega, António Costa anunciou que o Conselho de Ministros marcado para o próximo dia 28 vai aprovar o "diploma que estabelece o enquadramento" da privatização da TAP. O objetivo, diz Costa, é defender os interesses do portugueses.
No seu discurso em resposta à intervenção inicial de André Ventura, o primeiro-ministro lembrou os lucros da companhia aérea e os já "7,6 milhões de passageiros transportados" durante o último ano.
Chega fala de "caos", Costa responde com números
O líder do Chega começou o debate apontado para um "Governo de caos" referindo o número de demissões e lembrando o 'caso Galamba'. Com ironia, André Ventura diz conhecer "associações de reformados com mais coordenação do que o Governo" e enumerou os motivos por trás desta tentativa de fazer cair o Executivo.
Falou da saúde em Portugal dizendo que o primeiro-ministro "transporta consigo todos aqueles que nos últimos anos têm morrido às portas dos centros de saúde e dos hospitais em Portugal". "Deixaram para trás médicos, enfermeiros, profissionais de saúde e todos aqueles que fazem o serviço de saúde. Todos, público e privado, porque todos são portugueses e todos pagam os impostos que nós pagamos e todos merecem a consideração deste Governo", frisou André Ventura.
Na réplica às acusações, Costa defendeu-se dizendo que "desde 2015 o Governo aumentou em mais de 50% o orçamento do SNS e reforçou em 25% o número de profissionais no setor da saúde", acrescentando que "comparando com o igual período de 2015, este ano já tivemos mais 750 mil consultas hospitalares, mais 2,1 milhões de consultas nos cuidados de saúde primários e mais 103 mil cirurgias".
Ventura criticou também as políticas públicas de habitação, dizendo que o Executivo apresentou "menos do que zero" soluções, uma vez que no Mais Habitação o "Presidente da República teve que devolver a esta Assembleia puxando as orelhas ao PS".
Sobre as críticas, Costa apontou para a aprovação, em 2019, da lei de bases da habitação e a inscrição no PRR para financiar habitação no país. "Em 2020, negociámos a inscrição no PRR de 2.700 milhões de euros para financiar o investimento em habitação, que na atual reprogramação foi ainda reforçado em mais 500 milhões de euros", apontou.
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