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CGD. Carlos César diz que cabe ao TC pedir declarações de rendimentos

27 de outubro de 2016 às 19:56

O líder parlamentar do PS, Carlos César, considera que cabe ao Tribunal Constitucional pedir declarações de rendimentos à administração da Caixa, caso as considere necessárias. "Estou a dizer a minha opinião", reforçou

O líder parlamentar do PS, Carlos César, considera que cabe ao Tribunal Constitucional pedir declarações de rendimentos à administração da Caixa Geral de Depósitos, caso as considere necessárias. "Nos termos da lei, o TC notificá-los-á ou não dessa falta. Se fizer essa notificação é porque tem a interpretação de que a legislação em vigor os obriga. Se não o fizer, acha que não tinham necessidade de o fazer", disse Carlos César.

Questionado sobre o posicionamento diferente por parte do ministro das Finanças, Mário Centeno, o deputado socialista recusou "fazer leituras da leitura do Ministro das Finanças". "Estou a dizer a minha opinião", limitou-se a concluir.

Antes destas declarações, Mário Centeno dissera que "não há nenhuma falta de escrutínio" na CGD e que os portugueses o têm "por via do Governo", quando questionado sobre se os administradores do banco vão informar o TC dos seus rendimentos. O governante foi também interrogado sobre como é que os portugueses sabem que esse escrutínio é feito ao banco público, tendo apenas referido que "os portugueses têm-no por via do Governo, do Estado, que os representa nesta dimensão".

 

Na terça-feira, o Ministério das Finanças esclareceu que "não foi lapso" a decisão de os administradores do banco público deixarem de estar sujeitos ao Estatuto do Gestor Público e não terem de apresentar a declaração de rendimentos ao TC. "A ideia é a CGD ser tratada com qualquer outro banco. Essa foi a razão para que fosse retirada do Estatuto do Gestor Público. Está sujeita a um conjunto de regras mais profundo,  como estão todos os bancos. Não faz sentido estar sujeita às duas coisas. Não foi lapso. O escrutínio já é feito", disse o Ministério de Mário Centeno ao PÚBLICO, garantindo porém que "há um reforço das políticas de governo internas da CGD". 

 

Na semana passada, o ministro das Finanças, Mário Centeno, disse no parlamento que o novo presidente do Conselho de Administração da CGD, António Domingues, vai ganhar 423 mil euros anuais (brutos) e os vogais executivos vão auferir 337 mil euros por ano (brutos), a que se soma a remuneração variável em função dos resultados obtidos.

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