O empresário despediu-se, lamentou a confusão e arrancou. Exausto, Cristiano Ronaldo foi vestir-se e as primeiras fotografias começaram a ser feitas após as 2h15 de 21 de Agosto de 2003. A revista foi para a banca e o jogador para Manchester
Cristiano Ronaldo acabara de ser transferido para o Manchester United. Jorge Mendes fizera o negócio e era dele a decisão sobre a primeira entrevista. Liguei-lhe e falei de uma ideia para a capa da revista de domingo do Correio da Manhã: numa clara associação a Eusébio, a imprensa britânica chamava "King" a Ronaldo, por isso a proposta era fotografá-lo de coroa e manto. Não sei se a ousadia ajudou mas fomos os escolhidos. Limitação: a selecção nacional ia jogar a Chaves e essa era a última oportunidade para conversar e fotografar Ronaldo. Problema: no início do estágio, Luiz Felipe Scolari restringiu todos os contactos com o exterior. Voltei a falar com Jorge Mendes. Solução: fazer parte da entrevista pelo telefone e concluí-la na sessão fotográfica, que seria feita logo após o jogo. Alerta: logo a seguir, porque depois seguiam para o Porto e de manhã cedo para Manchester. Durante dois dias, sempre que Ronaldo podia, conversámos ao telefone. Ficou combinado encontrarmo-nos no fim do jogo. E assim foi, só que em vez de vir comigo para o hotel onde o fotógrafo Orlando Almeida tinha tudo preparado, Cristiano Ronaldo temeu atrasar-se e só parou num dos carros que Jorge Mendes tinha à porta do estádio para levar jogadores. Liguei a Jorge Mendes, que ficou perplexo mas forneceu a única alternativa: acelerar e fazer a fotografia no Porto, após o jantar. Nem hesitei. No hotel, desmontámos tudo e saímos com a sensação de que os funcionários – alguns tinham adiado o regresso a casa para ver Ronaldo – acharam que tudo não passara de um delírio de dois jornalistas.
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Ser liberal é viver e deixar viver. É também não sucumbir ao ressentimento social: as páginas em que Cotrim de Figueiredo confessa essa tentação quando olhava para os colegas mais abonados do Colégio Alemão são de uma honestidade tocante.
Mesmo nessa glória do mau gosto, ele encontra espaço para insultar, nas legendas, os seus antecessores, os Presidentes de que ele não gosta, a começar por Biden. É uma vergonha, mas o mundo que Trump está a criar assenta na pouca-vergonha
A avó de Maria de Lourdes foi dama de companhia da mãe de Fernando Pessoa. E deixou-lhe umas folhas amaralecidas, que elaenviou a Natália Correia, já nos anos 80. Eram inéditos da mãe do poeta.
Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.