Na passagem de ano de 2020 para 2021, César do Paço ergueu o copo de champanhe e brindou com um convidado muito especial: Fernando Madureira, conhecido por Macaco, líder da claque Super Dragões, do FC Porto. Estavam na Cidade da Praia, em Cabo Verde, onde o empresário açoriano tinha tomado posse como cônsul honorário da Flórida, EUA. Mas não era a diplomacia que os ligava. Paço e Madureira brindavam pelo futuro do Canelas 2010, o clube do terceiro escalão do futebol português que tinham acabado de transformar em Sociedade Anónima Desportiva (SAD), num cenário que se assemelhava a uma lua de mel empresarial. “Discutimos nessa altura o que íamos fazer para profissionalizar o Canelas e mudar o paradigma do clube, apagando a reputação de zaragateiros e a violência pela qual o Canelas era conhecido”, diz César do Paço à SÁBADO. Essa estratégia passaria pela injeção de dinheiro no emblema gaiense, de modo a promover gradualmente a subida de escalão até à principal liga nacional.

Futebol: a sociedade falhada entre Fernando Madureira e César do Paço

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