Sábado – Pense por si

Era uma vez um trinco, dois trincos e um jogo a passar

António José Vilela
António José Vilela 16 de junho de 2021 às 08:00

Tive um treinador chamado Fortuna, ou Mister Fortuna, como ele nos obrigava a dizer. Vem isto a propósito da seleção portuguesa e dos 81 minutos que o Mister Santos demorou a perceber o óbvio.

O Mister Fortuna tinha quilos a mais, cabelos a menos escorridos, suor abundante na camisa de manga curta com bolso à esquerda e pente à mostra. Um super-durão. Daqueles que nos dizia o que não queríamos ouvir enquanto despejava de uma só vez uma mini e engolia amendoins com casca. Naquela altura parecia-me uma proeza digna de registo, mas foi para aí há uns 30 anos, deem-me algum desconto. Mas o meu treinador veio-me à memória durante o interminável martírio que foi ver esta seleção portuguesa que não me anima. Já explico ao que venho.

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