O Brasil, campeão em título, e a França, organizador, chegaram com naturalidade à final do Mundial de 1998, mas não sem dificuldades. Os franceses, por exemplo, ganharam com sofrimento nos oitavos-de-final ao Paraguai (1-0), e depois só ultrapassaram a Itália nos penaltis (após um 0-0) e voltaram a sofrer para superar a surpreendente Croácia (2-1) e atingir a final. Quanto aos brasileiros, um 3-2 com a Dinamarca nos quartos-de-final é revelador de dificuldades inesperadas e a meia-final com a Holanda teve de ser resolvida nos penaltis, depois de 1-1.
Era uma grande e equilibrada final a que se aguardava no dia 12 de Julho no estádio parisiense de Saint Denis, com Zidane e os bleus de um lado e Ronaldo (o "Fenómeno", Cristiano tinha 13 anos nesse Verão) e a canarinha do outro. Não houve equilíbrio: a França ganhou por 3-0, com dois golos de Zidane na primeira parte e um de Emmanuel Petit mesmo a fechar, aumentando ainda mais o clima de loucura nos Campos Elíseos e em todo o país.
Os franceses jogaram mesmo muito mais, mas aconteceu qualquer coisa a seguir ao almoço no dia do jogo que ajudou a esse desequilíbrio: Ronaldo sentiu-se mal, teve uma convulsão, uma crise nervosa cuja causa nunca foi inteiramente esclarecida, e teve de ser levado ao hospital. Na primeira folha com as equipas distribuída no estádio, o nome do avançado não figurava entre os 11 do Brasil. No lugar dele estava Edmundo. Só muito perto do jogo ficou assente que ele jogava.
O treinador Mário Zagallo resolver inclui-lo na equipa depois de receber autorização médica, mas admitiu anos mais tarde que o jogador estava doente. Ronaldo só chegou ao estádio, vindo do hospital, quando os companheiros já estavam no balneário. Em campo, tirando uma ou outra jogada, quase no existiu, enfraquecendo visivelmente, até em termos emocionais, a prestação da equipa.
Ronaldo contou anos depois que foi ele, praticamente, que se impôs a Zagallo: "Não lhe dei alternativa. Ele não teve hipótese e aceitou a minha decisão. Joguei e talvez tenha afectado toda a equipa. Aquela convulsão foi uma coisa muito assustadora. Não é uma coisa que aconteça todos os dias. De qualquer modo, tinha um dever para com o meu país e não quis falhar."
Claro que há quem prefira acreditar que esta é uma história muito mal contada. Pela Internet abundam teorias de conspiração variadas sobre esta doença do avançado brasileiro. Que tal esta? Foi a Nike que engendrou tudo: pagou a cada um dos brasileiros 400 mil dólares por perderem, para a França ganhar, mas garantiu-lhes que não só o pentacampeonato chegaria em 2002 como o Brasil iria organizar muito em breve um Mundial…
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Depois do almoço daquele 12 de Julho de 1998, o avançado brasileiro sentiu-se mal, teve uma convulsão e foi para o hospital. Jogou doente.
O Brasil, campeão em título, e a França, organizador, chegaram com naturalidade à final do Mundial de 1998, mas não sem dificuldades. Os franceses, por exemplo, ganharam com sofrimento nos oitavos-de-final ao Paraguai (1-0), e depois só ultrapassaram a Itália nos penaltis (após um 0-0) e voltaram a sofrer para superar a surpreendente Croácia (2-1) e atingir a final. Quanto aos brasileiros, um 3-2 com a Dinamarca nos quartos-de-final é revelador de dificuldades inesperadas e a meia-final com a Holanda teve de ser resolvida nos penaltis, depois de 1-1.
Era uma grande e equilibrada final a que se aguardava no dia 12 de Julho no estádio parisiense de Saint Denis, com Zidane e os bleus de um lado e Ronaldo (o "Fenómeno", Cristiano tinha 13 anos nesse Verão) e a canarinha do outro. Não houve equilíbrio: a França ganhou por 3-0, com dois golos de Zidane na primeira parte e um de Emmanuel Petit mesmo a fechar, aumentando ainda mais o clima de loucura nos Campos Elíseos e em todo o país.
Os franceses jogaram mesmo muito mais, mas aconteceu qualquer coisa a seguir ao almoço no dia do jogo que ajudou a esse desequilíbrio: Ronaldo sentiu-se mal, teve uma convulsão, uma crise nervosa cuja causa nunca foi inteiramente esclarecida, e teve de ser levado ao hospital. Na primeira folha com as equipas distribuída no estádio, o nome do avançado não figurava entre os 11 do Brasil. No lugar dele estava Edmundo. Só muito perto do jogo ficou assente que ele jogava.
O treinador Mário Zagallo resolver inclui-lo na equipa depois de receber autorização médica, mas admitiu anos mais tarde que o jogador estava doente. Ronaldo só chegou ao estádio, vindo do hospital, quando os companheiros já estavam no balneário. Em campo, tirando uma ou outra jogada, quase no existiu, enfraquecendo visivelmente, até em termos emocionais, a prestação da equipa.
Ronaldo contou anos depois que foi ele, praticamente, que se impôs a Zagallo: "Não lhe dei alternativa. Ele não teve hipótese e aceitou a minha decisão. Joguei e talvez tenha afectado toda a equipa. Aquela convulsão foi uma coisa muito assustadora. Não é uma coisa que aconteça todos os dias. De qualquer modo, tinha um dever para com o meu país e não quis falhar."
Claro que há quem prefira acreditar que esta é uma história muito mal contada. Pela Internet abundam teorias de conspiração variadas sobre esta doença do avançado brasileiro. Que tal esta? Foi a Nike que engendrou tudo: pagou a cada um dos brasileiros 400 mil dólares por perderem, para a França ganhar, mas garantiu-lhes que não só o pentacampeonato chegaria em 2002 como o Brasil iria organizar muito em breve um Mundial…
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