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As organizações de saúde já emitiram orientações para tentar evitar a propagação do vírus Covid-19. Mas há certas situações em que as pessoas ficam em risco elevado de exposição. Saiba quais são.
A epidemia do novo coronavírus, que já provocou cerca de 3.800 mortos em todo o mundo e deixou milhões de quarentena, já fechou escolas, universidades e supermercados e levou ao cancelamento ou adiamento de vários eventos públicos. As organizações de saúde já emitiram orientações para tentar evitar a propagação do vírus, mas há situações em que as pessoas ficam em alto risco de exposição.
Quais são elas? De acordo com aDireção-Geral da Saúde, tanto as pessoas que coabitam com um caso confirmado de Covid-19 como as que prestam cuidados diretos a alguém nesta situação - sem utilizar equipamento de proteção individual - estão em risco elevado de exposição.
Também se incluem nesta categoria as pessoas que tenham contacto físico direto - como é o caso de um aperto de mão - com alguém infetado ou quem esteja frente a frente, ou em ambiente fechado, durante mais de 15 minutos e a uma distância de até dois metros, com alguém que tenha contraído o novo coronavírus. O ambiente fechado inclui salas de aulas, salas de espera ou gabinetes.
Nos casos de alguém que tenha viajado com uma pessoa infetada, considera-se em alto risco de exposição se esteve sentado até dois lugares em relação ao doente. Nesta categoria incluem-se também os tripulantes de bordo que o serviram.
Pessoas infetadas podem estar cinco dias sem sintomas
As pessoas infetadas com o novo coronavírus podem estar cinco dias sem sintomas, que na maioria dos casos acabam por surgir no espaço de 12 dias após a infeção.
Com base nos dados disponíveis, investigadores da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, nos Estados Unidos, estimaram que o período mediano de incubação da Covid-19 é de 5,1 dias e que 97,5% dos doentes terão desenvolvido sintomas no prazo de 11,5 dias após a infeção.
O novo coronavírus pode sobreviver no ar por pelo menos 30 minutos e contagiar alguém a 4,5 metros, ou seja, mais do que a "distância segura" recomendada pelas autoridades de saúde de todo o mundo, segundo um estudo publicado por cientistas chineses.
O novo coronavírus pode sobreviver no ar por pelo menos 30 minutos e contagiar alguém a 4,5 metros, ou seja, mais do que a "distância segura" recomendada pelas autoridades de saúde de todo o mundo, segundo um estudo publicado por cientistas chineses.
Idade, sépsis e problemas de coagulação são fatores de risco
A idade, a apresentação de sinais de sépsis e o diagnóstico de problemas de coagulação do sangue durante o internamento são fatores-chave associados a um maior risco de morte pelo Covid-19.
Segundo o estudo publicado na segunda-feira revista científica The Lancet a existência de doenças subjacentes, como tensão alta ou diabetes, e o uso prolongado de ventilação não invasiva também foram fatores importantes na morte dos 54 pacientes analisados.
Os investigadores analisaram a evolução da doença em 191 pacientes com idades superiores a 18 anos, em dois hospitais na cidade chinesa de Wuhan, onde foram confirmados os primeiros casos do novo coronavírus. Desses, 137 pacientes tiveram alta e 57 acabaram por morrer.
Os pacientes que tiveram alta eram, em média, mais novos em comparação com os doentes que morreram (52 e 69 anos, respetivamente), uma diferença que, segundo um dos autores, pode justificar-se com a existência de problemas de saúde subjacentes associados à idade.
"Os piores resultados nos idosos podem dever-se, em parte, à fraqueza do sistema imunitário e ao aumento da inflamação associados à idade, que podem promover a replicação viral e respostas mais prolongadas à inflamação, causando danos duradouros no coração, cérebro e outros órgãos", explica o investigador e médico no Hospital Jinyintan em Wuhan, Zhibo Liu.
A investigação permitiu também analisar a duração do período de excreção viral, ou seja, do período de transmissão do vírus que, segundo as conclusões, foi mais prolongado do que os autores antecipavam.
De acordo com os resultados, a duração média do período transmissão do vírus, diferente do período de incubação, foi de 20 dias nos pacientes que sobreviveram. Nos restantes 57 casos, o vírus foi detetável até à morte dos pacientes.
"O tempo de excreção viral não deve ser confundido com outra orientação de isolamento voluntário para pessoas que possam ter estado expostas ao Covid-19, mas não tenham sintomas, uma vez que essa orientação se baseia no tempo de incubação do vírus", explica outro dos autores, Bin Cao, professor na Universidade Capital Medical e médico no hospital China-Japan Friendship.
A transmissibilidade do vírus é, porém, influenciada pela gravidade da doença e, por isso, os autores ressalvam que estes dados podem não se aplicar a todos os doentes, uma vez que dois terços dos sujeitos da análise estavam em estado grave ou crítico, alertando também que a dimensão da amostra pode limitar a interpretação dos resultados.
A investigação permitiu também avaliar a duração de alguns dos sintomas da doença, como a febre (em média, 12 dias), as dificuldades respiratórias (cerca de 13 dias nos casos sobreviventes) e a tosse, que ainda afetava 45% dos pacientes quando estes tiveram alta hospitalar. No caso das mortes, a tosse e as dificuldades respiratórias mantiveram-se até ao fim.
Quatro mil mortos e 113 mil infetados
A infeção com o vírus SARS-CoV-2, que pode ser assintomática ou resultar em pneumonia leve a grave, foi detetada em dezembro na China já provocou quase quatro mil mortos e infetou cerca de 113 mil pessoas em 101 países e territórios.
Segundo a Direção-Geral da Saúde, Portugal regista 41 casos positivos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".
Saiba se está em alto risco de apanhar coronavírus
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