Doença matou mais de 4.600 portugueses em 2018. Esta terça-feira comemora-se o Dia Internacional da Luta Contra o Cancro.
Metade dos inquiridos num estudo sobre o cancro do pulmão reconhece ter "pouco ou nenhum conhecimento" sobre os diferentes tipos de tratamentos existentes para este tumor, que matou mais de 4.600 portugueses em 2018.
Divulgado no Dia Internacional da Luta Contra o Cancro, o estudo "A perceção dos portugueses sobre cancro do pulmão" teve como objetivo aferir perceções, comportamentos e atitudes da população portuguesa em diferentes áreas relativas a este tumor.
O inquérito conclui que "quanto menor o grau de instrução dos inquiridos, maior o seu desconhecimento sobre as opções terapêuticas" para o cancro do pulmão.
De forma espontânea, 12% dos inquiridos com graus de instrução mais elevados referiu a Imunoterapia", enquanto 68,5% apontaram a quimioterapia, 44,8% a radioterapia e 18,2% a cirurgia, refere o estudo que é divulgado hoje na apresentação da Aliança para o Cancro do Pulmão, um novo projeto que reúne várias entidades.
Uma das conclusões do estudo aponta que 92% dos inquiridos diz conhecer alguém que teve cancro e perto de 30% conhece ou já conheceu alguém com cancro do pulmão.
"O cancro da mama é, de forma destacada, o tipo de tumor que registou maior 'proximidade' entre os inquiridos (51,4%), seguido do pulmão (28,4%), do estômago (17,7%), do colorretal (15,4%), do pâncreas 11,2%, da próstata 11% e do colo do útero.
O inquérito, elaborado pela Técnica Spirituc Investigação Aplicada, indica também que 43% dos inquiridos considera o cancro do pulmão bastante mais grave do que a generalidade dos outros tumores.
Os resultados indiciam que a "proximidade" com este tumor tem um impacto direto na perceção da sua gravidade e que quanto maior o grau de conhecimento dos inquiridos sobre esta doença, maior a gravidade que lhe atribuem comparativamente a outros cancros.
Questionados sobre os comportamentos de risco, 93,7% apontam o tabagismo, 42% fatores ambientais, 15,2% hábitos alimentares, 12,5 contexto profissional, 12% fatores genéticos, 8% sedentarismo, 4,7% exposição a produtos tóxicos, 2,5% outras doenças associadas e 1,8% fumar passivamente.
Há 1,2% que consideram não existir comportamentos de risco, refere o estudo.
Tendencialmente, quanto maior o nível de instrução dos inquiridos, maior o número de referências que estes fazem aos fatores genéticos e ambientais enquanto fatores de risco para o cancro do Pulmão
Na perceção dos inquiridos 68% das pessoas com cancro do pulmão, são ou foram fumadoras.
Ainda que as diferenças não sejam muito expressivas, o estudo realça que "a população residente em ambiente urbano (70%) tende a associar mais o tabagismo ao cancro do pulmão do que a população residente em meio rural (64%).
Relativamente aos principais sintomas da doença, 62,3% referem a falta de ar, 46,8% tosse persistente, 35,8% cansaço, 24,7% tosse com sangue, 16,5% dor torácica, 15,3% perda de peso, 14,8% dores nas costas, 9,8% falta de apetite. Há 7,7% que não sabe identificar qualquer sintoma do tumor maligno.
A idade dos inquiridos está diretamente relacionada com o facto de nunca terem ido a uma consulta de Pneumologia. Ainda assim, quase 40% dos inquiridos com mais de 74 anos nunca foi a uma consulta da especialidade.
"Se no caso dos homens, cerca de metade dos inquiridos afirmou já ter tido oportunidade ou necessidade de ser consultado por um pneumologista, no caso das mulheres, quase 70 reconheceu nunca ter ido a uma consulta desta especialidade", sublinha.
Um terço dos inquiridos acredita que, nos próximos 5 anos, o número de doentes com cancro do pulmão curados aumentará significativamente.
O inquérito decorreu entre os passados dias 14 e 20 de janeiro e foi realizado a uma amostra representativa da população portuguesa com mais de 18 anos, com telefone fixo ou móvel, constituída por 600 questionários.
Metade da população tem pouco ou nenhum conhecimento sobre tratamentos para cancro do pulmão
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