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Dívida a empresas que destroem cadáveres de animais pode pôr em risco segurança alimentar

Sistema foi criado na altura da crise da doença das "vacas loucas" para a recolha dos animais e despistagem de doenças em tempo útil

O Estado deve seis milhões de euros às empresas que diariamente recolhem, transportam e destroem 1.150 cadáveres de animais, que estão com grandes dificuldades em assegurar este serviço, considerado imprescindível para a segurança alimentar.

A dívida foi confirmada à agência Lusa pelas duas empresas em questão (ITS e Luís Leal & Filhos), que fazem parte do consórcio criado pelo Estado para pôr em prática o Sistema de Recolha de Cadáveres de Animais Mortos na Exploração (SIRCA), enquanto o Ministério da Agricultura assumiu "alguns atrasos nos pagamentos".

Este sistema foi criado na altura da crise da doença das "vacas loucas" para "a recolha dos animais, em tempo útil, e permite efectuar a despistagem obrigatória de eventuais encefalopatias espongiformes transmissíveis (BSE)".