Sábado – Pense por si

Covid-19: OMS pede aos países para não administrarem terceiras doses das vacinas

Peritos alertam que dados científicos "não justificam de momento" essa dose de reforço, que, além do mais, "aumenta a desigualdade" quando muitos países em desenvolvimento não puderam imunizar as populações mais vulneráveis

A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu hoje aos países membros que sejam "extremamente cautelosos" e "não se sintam tentados" a começar a administar terceiras doses de reforço de vacinas anti-covid.

Na opinião dos peritos da organização, a medida não ajudaria a equilibrar a repartição global de vacinas.

Os dados científicos "não justificam de momento" essa dose de reforço, que, além do mais, "aumenta a desigualdade" quando muitos países em desenvolvimento não puderam imunizar as populações mais vulneráveis, advertiu o médico Didier Houssin, presidente do Comité de Emergência da OMS para a covid-19.

O comité, que se reúne aproximadamente a cada três meses para analisar a situação causada pela pandemia, também recomendou aos países membros da OMS que, por enquanto, "considerem seriamente" a manutenção das medidas de distanciamente físico, num momento de aumento de casos e auge da contagiosa variante Delta.

Nas recomendações após o oitavo encontro, o comité também pede a todos os governos que apoiem a OMS no apelo para conseguir uma melhor distribuição global de vacinas, para que pelo menos 10% da população de todos os países esteja imunizada em setembro.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.061.908 mortos em todo o mundo, entre mais de 188,3 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.187 pessoas e foram registados 920.200 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.