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Casos de cancro da próstata devem duplicar até 2040, indica estudo

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 06 de abril de 2024 às 10:00
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Em 2020, foram diagnosticados 1,4 milhões de casos em todo o mundo. Em 2040 é esperado que sejam diagnosticados 2,9 milhões.

Está previsto que o número de homens diagnosticado com cancro da próstata no mundo duplique até 2040, isto significa que deverão existir 2,9 milhões de novos doentes por ano. Atualmente, o cancro da próstata já é a forma mais comum de cancro masculino em mais de cem países.

Estas informações são avançadas por umestudoque refere anda que o número de mortes anuais deve aumentar 85%.

O envelhecimento da população devido ao aumento da esperança média de vida é a principal causa do aumento previsto pelos cientistas. Especialmente porque os principais fatores de risco, como ter 50 anos e ter antecedentes familiares, tornam-se inevitáveis.

Em 2020 foram diagnosticados 1,4 milhões de casos em todo o mundo e em 2040 é esperado que sejam diagnosticados 2,9 milhões, isto significa que cerca de 330 homens vão ser informados que têm a doença a cada hora.

A falta de dados relativos aos países em desenvolvimento levam os especialistas a querer que os números reais possam ser ainda mais alarmantes, especialmente no que diz respeito ao número de mortes que é esperando que atinga as 700 mil em 2040.

Os especialistas não acreditam que seja possível prevenir estes aumentos apenas com mudanças no estilo de vida apesar de admitirem que uma maior sensibilização para a doença, diagnósticos precoces e avanços nos tratamentos podem ter impacto no crescimento da doença.

"Intervenções baseadas em evidências, tais como programas melhorados de deteção precoce e educação, vão ajudar a salvar vidas e a prevenir problemas de saúde causados pelo cancro da próstata nos próximos anos", afirmou Nick James, autor principal do estudo.

Entre os principais sintomas deste cancro encontra-se a necessidade de urinar com mais frequência, especialmente durante a noite, dificuldade em começar a urinar, sensação de que não consegue esvaziar a bexiga de forma completa e perder sangue através da urina.

Estes dados, publicados na revista científicaLancet,vão ser apresentados e discutidos no congresso anual da Associação Europeia de Urologia, que decorre este sábado.

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