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Base de dados da DGS tem demasiados erros para ser credível, dizem investigadores

Ana Bela Ferreira
Ana Bela Ferreira 10 de novembro de 2020 às 07:00

Um doente com 134 anos, três homens e uma mulher de 97 anos reportados como grávidos, são dois alguns dos exemplos dos erros do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica. Equipa do Porto já se ofereceu para fazer base de dados, mas não teve resposta.

Um grupo de 12 investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto publicou um artigo numa revista científica em que apontam várias falhas graves aos dados que constam do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE) e que foram disponibilizados à comunidade científica para que possam ser feitos estudos. "Na realidade as falhas, são as que existem em todos os outros sistemas da saúde em Portugal e, diria até, a nível da Europa. No geral, nos sistemas de informação em saúde acaba por se completar a informação com um telefonema, à boa maneira portuguesa. Isso costuma acontecer para um surto pequenino, o problema é que estamos a falar de uma pandemia e torna-se impossível completar os dados com um telefonema, quando há milhares de casos novos por dia", começa por explica Cristina Costa Santos, uma das autoras do artigo publicado noJournal of Epidemiology and Community Health, e divulgado pela TSF.

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