'Campo dos Campiões', uma zona de preparação de esquiadores citada em Whistler, na Columbia Britânica canadiana, foi o lugar de treino de atletas norte-americanos como Shaun White, duas vezes campeão olímpico em 'snowboard', ou Joss Christensen, medalha de ouro de 'slopestyle' em Sochi 2014.
"Cada vez mais os atletas de inverno têm de lutar para encontrar lugar para treinar, além de que as suas competições são cada vez mais perigosas e injustas devido às más condições", disse o director do programa do clima da 'Public Citizen', David Arkush.
Aquela emblemática instalação teve de fechar portas, ao fim de 28 anos de actividade, por falta de neve e pelas temperaturas amenas registadas naquela região do sudoeste do Canadá.
Arkush adiantou que "não é de estranhar" q eu os desportistas olímpicos estejam a começar a falar e a ganhar consciência do aquecimento global, que afecta a sua profissão em pleno.
Neste sentido, o especialista em esqui acrobático e participante nos Jogos de PyeonChang 2018, Mac Bohonnon, indicou em comunicado que as alterações climáticas são "inegáveis" e "comuns" em vários lugares do mundo, queixando-se do seu impacto na sua vida profissional.
Segundo informação divulgada pela 'Public Citizen', em 2050 nove cidades que acolheram Jogos Olímpicos no passado não vão estar suficientemente frias para acolherem outros, incluindo Sochi (Rússia), Vancouver (Canadá), Oslo (Noruega), Chamonix (França) ou Sarajevo, capital da Bósnia e Herzegovina.
De facto, nas duas últimas edições destes Jogos de inverno, em Vancouver 2010 e Sochi 2014, houve problemas nas pistas, provocados pelas altas temperaturas e a falta de neve.