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Análise à urina pode revelar o quanto o corpo envelhece

27 de fevereiro de 2018 às 13:45
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O marcador biológico 8-oxoGsn "pode reflectir melhor a condição real do corpo" de uma pessoa "do que a idade cronológica".

Uma análise à urina pode revelar o quanto o corpo envelheceu, defendem cientistas que identificaram um novo mercador biológico para o envelhecimento na urina, conclui um estudo hoje publicado.

Segundo o estudo, divulgado na publicação científicaFrontiers in Aging Neuroscience, este marcador pode ajudar a prever o risco de desenvolvimento de doenças relacionadas com a idade e, mesmo, a morte prematura.

A substância em causa é 8-oxoGsn, que indica "danos oxidativos" nas células, sendo que os seus níveis aumentam à medida que a pessoa vai envelhecendo.

A equipa científica que realizou o estudo mediu os níveis de 8-oxoGsn em amostras de urina de 1.228 chineses com idades entre os dois e os 90 anos.

Concentrações maiores da substância foram detectadas em participantes de 21 anos e mais velhos. Os níveis de 8-oxoGsn eram praticamente os mesmos entre homens e mulheres, excepto no pós-menopausa, período em que as mulheres revelaram quantidades mais altas da substância (na menopausa os níveis da hormona estrogénio, conhecida pelos seus efeitos antioxidantes, diminuem).

Para um dos cientistas envolvidos na investigação, Jian-Ping Cai, o marcador biológico 8-oxoGsn "pode reflectir melhor a condição real do corpo" de uma pessoa "do que a idade cronológica".

"Subprodutos de oxigénio produzidos durante o metabolismo normal podem causar danos oxidativos a biomoléculas nas células, como o ADN [material genético]", explicou, acrescentando que os "danos oxidativos" aumentam à medida que uma pessoa envelhece.