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As mortes não têm parado. Eles também não

Ana Taborda , Sónia Bento 30 de janeiro de 2021 às 10:10

Há contentores extras nas morgues dos hospitais e em algumas agências funerárias. Nos crematórios, fazem-se funerais a cada duas horas. Imagens do Hospital de São João, no Porto, e da Servilusa

O contentor branco disfarçado por tapumes, no centro operacional da Servilusa, na Buraca, mantém uma temperatura que ronda os 5,6 graus. Lá dentro há já vários caixões, todos sem nome - em vez dele, um código e a posição na respetiva prateleira permitem que o sistema informático identifique a pessoa que ali está, à espera da última cerimónia. É provável que sejam cada vez mais. No dia 21 de janeiro, o número de mortes em Portugal era já 55% superior ao registado nos mesmos dias de 2020, explicou o diretor-geral desta funerária, Paulo Carreira, à SÁBADO. Neste momento a lista de espera dos crematórios podem chegar a uma semana.

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