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Coreia do Norte diz que concluiu desenvolvimento de primeiro satélite espião

Lusa 19 de abril de 2023 às 07:49

Kim Jong-un diz que reconhecimento militar é crucial para país usar de forma eficaz os métodos de dissuasão de guerra.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, disse que o país concluiu o desenvolvimento do primeiro satélite espião militar e ordenou aos responsáveis que este seja lançado conforme planeado, avançou esta quarta-feira a agência de notícias oficial.

REUTERS

Durante uma visita à agência aeroespacial norte-coreana, na terça-feira, Kim sublinhou que é fundamental adquirir um sistema de vigilância, baseado no espaço, face às ameaças à segurança lideradas pelos EUA, referiu a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA).

Pyongyang defende que os testes de armamento que tem levado a cabo, incluindo o primeiro teste de lançamento de um míssil balístico intercontinental com combustível sólido, projetado para atingir território continental dos EUA, na semana passada, é uma resposta aos exercícios militares conjuntos entre Washington e os aliados na região, Coreia do Sul e Japão.

Na agência aeroespacial, Kim disse que o reconhecimento militar é crucial para o país usar de forma eficaz os métodos norte-coreanos de dissuasão de guerra, de acordo com a KCNA.

Kim notou ainda que "o satélite de reconhecimento militar n.º1" foi construído em abril e pediu esforços para acelerar os últimos preparativos para que seja lançado. A data, porém, ainda não foi divulgada.

Ainda de acordo com a KCNA, o líder declarou que o país asiático deve lançar vários satélites para estabelecer a capacidade de recolha de informações.

Por outro lado, o responsável acusou Washington e Seul de expandirem campanhas militares hostis para reforçar a aliança, acusando ainda os EUA de transformarem a Coreia do Sul numa "base avançada para a agressão" ao destacar ativos estratégicos como porta-aviões e bombardeiros com capacidade nuclear.

Este ano, a Coreia do Norte lançou cerca de 30 mísseis em resposta aos exercícios militares conjuntos EUA-Coreia do Sul, que Pyongyang encara como um ensaio para uma invasão.

Responsáveis sul-coreanos e norte-americanos dizem que os simulacros são de natureza defensiva e foram organizados para responder à crescente ameaça militar da Coreia do Norte.

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