Sábado – Pense por si

Uma vida repleta de amores

Vanda Marques
Vanda Marques 13 de agosto de 2024 às 23:00

Mulheres casadas, ciganas, freiras, atrizes – o Rei viveu várias paixões. A mais famosa foi com uma freira de Odivelas, Madre Paula. No fim da vida terá recorrido a afrodisíacos.

Terá sido na festa do Desagravo do Santíssimo Sacramento, no Convento de Odivelas, que o rei viu pela primeira vez Paula Teresa da Silva, ou melhor, Madre Paula. Estávamos em 1719 e era comum as freiras receberem nobres em soirées ditas culturais, quando na verdade eram encontros amorosos. O Rei D. João V já tinha tido relações com freiras, quando conheceu Madre Paula, de 16 anos, à época amante do conde de Vimioso. “D. João V terá dito ao conde de Vimioso que lhe dava duas freiras à escolha se ele deixasse o objeto do seu desejo, Madre Paula”, conta à SÁBADO Ana Cristina Pereira, uma das autoras do livro As Amantes dos Reis de Portugal. A relação durou 10 anos. “Não podia ser apenas uma obsessão sexual porque ficaram juntos muito tempo. A História tende a desumanizar os reis. Eram pessoas como nós. E, portanto, precisava de afeto e isso era difícil numa corte onde todos queriam favores do rei”, explica o historiador João Paulo Oliveira e Costa.

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