Houve furos, temperaturas negativas e idas ao hospital. Juntos há 50 anos, a aventura só os aproximou mais
Acordavam sempre às 6h para fazer o check-out do hotel. É quando as cidades ainda estão calmas. Visitavam um mercado ou uma feira antes de começarem a contar quilómetros. O pequeno-almoço geralmente tomavam-no mais tarde, pelas 9h, já na estrada. A seguir mais quilómetros, pausa para almoço (com direito a xaile no chão para descansar, fechar os olhos) e a seguir regresso ao caminho para, pelas 16h, decidir onde pernoitar - porque quando o sol se põe a confusão é muita e fora das cidades não há iluminação. Foi assim durante 13 anos.
Ao ver os socialistas que apoiam a Flotilha "humanitária" para Gaza tive a estranha sensação de estar a ver a facção do PS que um dia montará um novo negócio, mais alinhado com a esquerda radical, deixando o PS “clássico” nas águas fétidas (para eles) do centrão.
A grande mudança de paradigma na política portuguesa, a favor de contas públicas equilibradas, não acabou com maus hábitos recentes, como vemos este ano.
As declarações do ministro das migrações, Thanos Plevris – “Se o seu pedido for rejeitado, tem duas opções: ir para a cadeia ou voltar para o seu país… Não é bem-vindo” – condensam o seu programa, em linha com o pensamento de Donald Trump e de André Ventura.
Mesmo quando não há nada de novo a dizer, o que se faz é “encher” com vacuidades, encenações e repetições os noticiários. Muita coisa que é de enorme importância fica pelo caminho, ou é apenas enunciada quase por obrigação, como é o caso de muito noticiário internacional numa altura em que o “estado do mundo” é particularmente perigoso