O último dia do NOS Primavera Sound escreveu-se no feminino, com parênteses para a salve simpatia de Jorge Ben Jor. Rosalía encheu o Parque da Cidade, Kate Tempest e Neneh Cherry abusaram da palavra e Erykah Badu foi Shiva do Baduizm.
Quem duvidada por um segundo da legitimidade de Rosalía como cabeça de cartaz deu a mão à palmatória depois desta passagem pelo Porto. Sim, havia cépticos, mesmo depois do estrondoso El Mal Querer que encimou listas de melhores de 2018 mundo fora. Havia, mas depois veio Pienso En Tu Mirá, ela escudada por El Guincho, co-produtor e compositor, pelas backing vocals e bailarinas que tanto se expandiam como retraiam, tudo para engrandecer o espectáculo e a presença da espanhola de 25 anos, atitude urbana, alma gitana. Catalina, viagem a Los Angeles (2017), arrepiou num a cappella a lembrar as raízes, tão sussurrante quanto agressivo, flamenco que corre inflamado no sangue. Que No Salga la Luna prosseguiu no mesmo tom, ponte para a fusão com a pop, a electrónica, o hip-hop Di Mi Nombre, o reggeaton Con Altura (J Balvin não apareceu, mas o coro fez a vez do colombiano), ou a melancólica Barefoot in the Park, melodia que partilha com James Blake, igualmente íntimo na sua interpretação da noite anterior. Malamente veio na recta final, com o público a prostrar-se aos pés de Rosalía, soberana numa actuação imaculada. "Porto, estou muito agradecida por estar aqui, de coração". Ora essa, nós é que agradecemos.
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O senhor Dr. Durão Barroso teve, enquanto primeiro-ministro, a oportunidade, de pôr as mãos na massa da desgraça nacional e transformá-la em ouro. Tantas capacidades, e afinal, nestum sem figos.
Frank Caprio praticava uma justiça humanista, prática, que partia da complexa realidade. Por isso, era conhecido ora como "o juiz mais gentil do mundo", ora como “o melhor juiz do mundo”.
É de uma ironia cruel que as pessoas acabem por votar naqueles que estão apostados em destruir o Estado Social. Por isso mesmo, são responsáveis pela perda de rendimentos e de qualidade de vida da grande maioria dos portugueses e das portuguesas.
“Majestade, se for possível afogar os 6 ou 7 milhões de judeus no Mar Negro não levanto qualquer objecção. Mas se isso não é possível, temos de deixá-los viver”.