Casaco pelos ombros, uniforme do Colégio dos Maristas por baixo, uma pasta de trabalho da agência imobiliária numa mão e um saco com patins na outra: a combinação pode não parecer a mais comum, mas o facto de ter dois trabalhos justifica-o. Ana Ortega chega ao colégio de Carcavelos ao fim da tarde e é de imediato abordada por mães de alunas e antigas estudantes, que não escondem a cumplicidade com a docente. Não é de estranhar: no campo do pavilhão desportivo, onde é feita a entrevista para a SÁBADO, há antigas alunas de patinagem artística que frequentam outras atividades e que agora fazem uma curta pausa para rever a “stôra”.

Quando um emprego não chega para sobreviver

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