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O motim sangrento por um padre que matou duas mulheres

Susana Lúcio
Susana Lúcio 16 de outubro de 2024 às 23:00

Durante cinco dias, a população de Lourosa impediu a saída de Damião Bastos. Irritada com a resistência popular, a Igreja pediu intervenção e o Estado Novo ordenou à GNR que disparasse para matar sobre a população. Morreram duas mulheres.

A tua irmã está morta”, disseram a Carlos Vilar, então com 18 anos. Incrédulo, o rapaz correu até perto do largo da igreja matriz de Lourosa e viu a irmã mais velha, Rosa Vilar, prostrada no chão com uma ferida aberta na cabeça. Os militares da GNR, que montavam cerco à cidade, impediram que a família tocasse no corpo. “Ficou ali o dia inteiro”, recorda Maria Bolena, mulher de Carlos. “O meu marido ficou horas sentado numa pedra, a chorar.”

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