Quando, em 2008, uma manada de elefantes lhe destruiu a casa – neste caso uma palafita, construída sobre estacas de madeira nas margens do rio –, Jadav Payeng rejubilou de alegria. Manteve-se à distância a observar, enquanto os outros aldeões olhavam para ele perplexos. Havia um motivo para a sua reação: a tarefa da sua vida estava, finalmente, a dar resultado e os animais tinham regressado.
Ao longo dos últimos 40 anos, este indiano, que pertence a uma tribo indígena, plantou uma árvore por dia para salvar a sua ilha. Majuli, situada no rio Brahmaputra, em Assam, na Índia, está sob uma ameaça constante de erosão causada pela subida do caudal do rio. O gesto, aparentemente simples, acabou por transformar uma zona árida num enorme espaço verde.
Hoje, a reserva florestal Molai estende-se por 550 hectares e tem uma área maior que o Central Park, em Nova Iorque, que ocupa 340 hectares. Tudo começou em 1979, quando Jadav Payeng era adolescente. Aos 16 anos, apercebeu-se de que a subida do caudal do rio, aliada ao calor excessivo das inundações resultou na morte de várias cobras e árvores, assim como na destruição dos bancos de areia. Decidiu então cultivar 200 plantas de bambu para servirem de habitat às cobras que tinham sobrevivido – e foi assim que começou a crescer a floresta.
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