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Mudança de sexo em autistas: “É fundamental dar tempo e não ceder a pressões”

Marisa Antunes 17 de agosto de 2024 às 10:00

Com o aumento de pessoas que mudam de sexo em Portugal, o psiquiatra Carlos Nunes Filipe é um dos que pede maior rigor nos diagnósticos de disforia de género, alertando para o risco da "intervenção médica" criar "situações definitivas, numa situação que pode ser transitória".

Em Portugal e em cada semana que passa, em média, 10 pessoas (uma das quais menor) muda de nome e género no Cartão de Cidadão. A maioria (cerca de 60%) são raparigas que estão a transacionar para rapazes. Muitos destes jovens vão além da mudança de nome e avançam para a medicalização, um número que tem crescido exponencialmente e que tem alarmado muitos profissionais de saúde mental que, em sintonia, com os seus colegas em muitos países ocidentais, alertam para o fenómeno de contágio social que deve ser acautelado antes de qualquer intervenção hormonal e cirúrgica. Particularmente vulneráveis a este contágio, estão os jovens com neurodiversidade, no espectro do autismo, como revelam vários estudos publicados sobre esta matéria.

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