Sábado – Pense por si

Crítica de Cinema: Sibyl

Tiago Santos 02 de dezembro de 2019 às 15:59

"Um drama "psico-sexual", que desconstrói - e ridiculariza - a própria ideia de tentar construir uma ficção", escreve o crítico

Uma terapeuta que quer ser escritora não tem ideias para um livro, mas tem como paciente uma atriz com uma vida emocional tão caótica que poderia dar um romance. A premissa deSibylpromete explorar os limites daqueles que tentam criar: dizem "escreve sobre o que sabes" - o problema é se aquilo que sabemos pertence a outra pessoa. Mas Justine Triet (A Batalha de Solferino, de 2013, é o seu melhor filme) parece incerta sobre que caminho deseja seguir:Sibylé um drama "psico-sexual", mas também uma farsa que desconstrói - e ridiculariza - a própria ideia de tentar construir uma ficção. As atrizes, em que se inclui Sandra Huller, entregam-se a uma constante montanha-russa emocional e talvez seja essa a tese de Triet: nenhum objeto criativo será tão interessante como a vida de uma mulher.

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