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Caos nos comboios da Ponte 25 de abril: empurrões, insultos e desmaios

Raquel Lito
Raquel Lito 05 de fevereiro de 2025 às 23:00

As carruagens chegam às estações lotadas e os passageiros zangam-se. Relatos de quem assistiu à violência física e verbal, ou esteve prestes a desmaiar. O Governo promete agir.

Em dia de tempestade (29, quarta-feira) e à hora de ponta, Sandra Pereira mentaliza-se para entrar no modo de “sardinha enlatada”. Aguarda pelo comboio da Fertagus na linha 4 da estação de Sete Rios (Lisboa), em direção a Setúbal. Sairá no Fogueteiro. Já passa das 18h e só chegará a casa (em Fernão Ferro) pelas 19h30. “É uma luta para entrar e para sair do comboio. Fico esgotada”, diz à SÁBADO a rececionista de 48 anos, que utiliza este comboio desde o início (foi inaugurado em 1999). Nota degradação nas últimas semanas: “Nem consigo mexer nos óculos, fico completamente apertada. Há dias, tive uma sensação de desmaio.” Não é a única, como veremos mais à frente.

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