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Cabo Verde. Conheça as brigadas das carapaças

Tiago Carrasco 26 de julho de 2022 às 08:00

Caminham 10 km por noite, intercetam caçadores furtivos e ajudam as tartarugas a desovar. As equipas do Projeto Biodiversidade querem salvá-las da extinção.

Assim que o sol se retira e a praia fica debaixo de um manto de escuridão e silêncio, 16 voluntários do Projeto Biodiversidade dividem-se em equipas de dois e espalham-se pelos extensos areais da orla oriental da ilha do Sal, em Cabo Verde. Missão: patrulhar a costa para proteger as tartarugas marinhas fêmeas que, entre junho e setembro, vêm a terra desovar. No ano passado, só no Sal, foram 10 mil, responsáveis por 54 mil ninhos, um registo recorde que fez com que Cabo Verde ultrapassasse a Flórida, nos EUA, e Omã, como principal região para a reprodução das tartarugas-cabeçudas (Caretta caretta). “Começámos os esforços de preservação há 20 anos, quando a espécie estava ameaçada”, diz à SÁBADO o catalão Albert Taxonera, cofundador e diretor da organização. “Apesar do impressionante crescimento dos números, a tartaruga ainda está classificada como vulnerável e há uma série de ameaças que não nos deixam abrandar.”

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