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Brasil: O escravo que teve 200 filhos

Tânia Pereirinha 02 de abril de 2017 às 08:00

O tráfico já era proibido, mas o fazendeiro precisava de gente para trabalhar nos cafezais. A solução? Fazer mais

O conceito não é muito conhecido no Brasil, ainda menos no distrito de Santa Eudóxia, zona de São Carlos, cidade no interior do estado de São Paulo, mas isso talvez se deva - diz à SÁBADO Marinaldo Fernando de Souza, que fez uma tese de doutoramento sobre o assunto - ao esquecimento propositado a que a História negra tem sido votada no país. "O Roque José Florêncio não é uma lenda, foi uma pessoa real, um homem que foi escravizado e violentado, obrigado a reproduzir-se para atender à crescente demanda de mão-de-obra para a produção de café. A História oficial do Brasil faz pressão para que a História da escravatura seja esquecida. Talvez porque esquecer a violência ajuda a fazer esquecer o sofrimento. Mas sobretudo porque humaniza as elites brancas", acusa o psicólogo.

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