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As baratas gigantes já chegaram a Portugal

Susana Lúcio
Susana Lúcio 16 de setembro de 2025 às 23:00

O inseto, maior que as outras baratas e com capacidade de voo, habita os esgotos urbanos e reproduz-se com maior rapidez em temperaturas tropicais

Baratas com cinco centímetros trepam pelas paredes e percorrem as bancadas da cozinha em condomínios do Parque das Nações, prédios da Baixa de Lisboa e em Cascais. “Sobem pelos canos de esgoto das máquinas de lavar loiça e roupa, se houver uma folga na parede, entram em casa”, explica João Leitão, presidente da Associação Nacional de Controlo de Pragas Urbanas. Também aproveitam os ralos dos lavatórios das casas de banho que não têm sifão para se fazerem convidadas. “São boas trepadoras e podem subir até ao segundo andar de um prédio e entrar pela janela.” São as baratas americanas e o pesadelo de ver uma em casa é cada vez mais habitual em Portugal. “Nos últimos anos, cerca de 80% dos pedidos de desbaratização são devido à periplaneta americana [o nome científico], sobretudo em zonas portuárias e com mais turismo”, diz João Leitão.

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Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.