Sábado – Pense por si

As polémicas da fundadora da Cáritas

Pedro Jorge Castro 18 de junho de 2017 às 08:00

Fernanda Jardim rezava muito, mas tinha mau feitio: passou 20 anos em guerras com a Igreja e com o governo. Até Salazar a apanhou numa escuta a dizer o pior de Cerejeira

Em 1965, Portugal estava ainda nos primórdios das escutas telefónicas. Daí o à-vontade com que Fernanda Jardim, a beata que fundou e dirigiu a Cáritas portuguesa durante mais de 20 anos, falou ao telefone com o monsenhor Rotunno, da Nunciatura Apostólica. Não imaginaria que a PIDE estava a escutar os telefonemas recebidos na embaixada do Vaticano em Portugal. Cinco dias depois, Salazar leu a transcrição da conversa, consultada pela SÁBADO na Torre do Tombo.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.